Memória dos Computadores: Armazenamento em Disco Rígido. Como funciona?

Memória dos Computadores: Desde os primórdios da era da computação, o armazenamento de informações tem sido um aspecto fundamental para o funcionamento dos sistemas digitais. Entre as diversas formas de armazenamento, os discos rígidos (também conhecidos como HDs, do inglês “hard disk drives”) desempenham um papel central na preservação e recuperação de dados em computadores pessoais, servidores e outros dispositivos eletrônicos. Neste artigo, vamos explorar em detalhes como os discos rígidos armazenam informações, desde os princípios básicos até os avanços mais recentes nesta tecnologia vital

1. Introdução aos Discos Rígidos

Os discos rígidos são dispositivos de armazenamento magnético que consistem em discos metálicos revestidos com material magnético, montados em um eixo giratório dentro de uma unidade selada. Estes discos, chamados de “platters”, são capazes de armazenar uma grande quantidade de dados de forma permanente, tornando-os, assim, ideais para aplicações que requerem capacidade de armazenamento de longo prazo.

2. Estrutura Física de um Disco Rígido

Cada disco rígido compõe-se de várias camadas físicas que trabalham em conjunto para armazenar e recuperar dados. Estas camadas incluem:

  • Platters: Os discos magnéticos onde os dados são armazenados. Um disco rígido típico contém múltiplos platters, empilhados verticalmente e montados em um eixo compartilhado.
  • Cabeças de Leitura/Escrita: Dispositivos eletromecânicos posicionados na extremidade de braços móveis, que são responsáveis por ler e escrever dados nos platters. Cada platter possui sua própria cabeça de leitura/escrita.
  • Motor do Eixo: Um motor que gira os platters a uma velocidade constante medida em rotações por minuto (RPM). A maioria dos discos rígidos modernos opera em velocidades de 5.400 RPM, 7.200 RPM ou 10.000 RPM.
  • Controlador: Um microchip integrado que gerencia as operações de leitura e escrita, bem como o fluxo de dados entre o disco rígido e outros componentes do sistema.

3. Funcionamento Interno de um Disco Rígido

Quando um computador precisa acessar dados armazenados em um disco rígido, o processo envolve uma série de etapas complexas:

  • Posicionamento das Cabeças: As cabeças de leitura/escrita são movidas para a posição correta sobre o platter que contém os dados desejados. Este processo é conhecido como “seek”.
  • Leitura ou Escrita de Dados: Uma vez que as cabeças estão posicionadas corretamente, o controlador ativa a leitura ou escrita de dados no platter.
    Durante a escrita, as bobinas das cabeças de leitura/escrita aplicam uma corrente elétrica, magnetizando as áreas específicas do platter para representar os dados.
  • Transferência de Dados: Os dados são transferidos entre o disco rígido e outros componentes do sistema, como a memória RAM, por meio de interfaces de alta velocidade, como SATA (Serial ATA) ou PCIe (Peripheral Component Interconnect Express).
  • Cache: Muitos discos rígidos possuem uma pequena quantidade de memória cache integrada, que armazena temporariamente dados frequentemente acessados para dessa forma acelerar o desempenho de leitura e gravação.

4. Organização de Dados em um Disco Rígido

Um disco rígido organiza os dados em unidades lógicas chamadas “setores”, que são as menores unidades endereçáveis de armazenamento. Cada setor possui, assim, um tamanho fixo, geralmente 512 bytes ou 4 kilobytes.
Os setores agrupam-se em “trilhas” concêntricas ao longo dos platters, e múltiplas trilhas formam um “cilindro”.

Além disso, os discos rígidos são formatados com um sistema de arquivos, como NTFS (New Technology File System) no Windows ou ext4 (Fourth Extended File System) no Linux.
Isso é o que define como o sistema operacional organiza e acessa os dados. O sistema de arquivos mantém um índice de todos os arquivos e diretórios armazenados no disco, juntamente com metadados como permissões de acesso, datas de modificação e atributos de arquivo.

5. Desafios e Avanços na Tecnologia de Discos Rígidos

Embora os discos rígidos tenham sido a principal forma de armazenamento de dados por décadas, eles enfrentam alguns desafios em um mundo onde o volume de dados continua a crescer exponencialmente e a demanda por desempenho e confiabilidade aumenta.

Para lidar com esses desafios, os fabricantes de discos rígidos estão constantemente desenvolvendo novas tecnologias e técnicas de engenharia. Isso inclui a introdução de discos rígidos com maior capacidade de armazenamento. Além disso, maior velocidade de rotação, interfaces mais rápidas e tecnologias avançadas de gravação magnética. Como exemplo temos a gravação perpendicular e a gravação assistida por calor (HAMR).

Conclusão

O armazenamento em disco rígido é, certamente, um componente essencial dos sistemas de computação modernos, proporcionando uma forma eficiente e confiável de preservar e acessar dados. Ao entender os princípios básicos do funcionamento dos discos rígidos, desde sua estrutura física até o processo de leitura e gravação de dados, os usuários podem aproveitar ao máximo essa tecnologia vital. Apesar dos avanços contínuos em outras formas de armazenamento, como SSDs (Solid State Drives) e armazenamento em nuvem, os discos rígidos continuam a desempenhar um papel importante no cenário de armazenamento de dados.

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---Sobre o autor---

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Kleber Coelho – Graduação em Análise de Sistemas, Pós-graduado em Gestão de TI e Pós-graduado em Ciência de Dados. Certificação ITIL Foundation V3.  Desenvolvedor Python e Piloto profissional de Drones. Entusiasta na área de Tecnologia e Inteligência Artificial.

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